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Como fui aprovado na PRF

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Mensagem por luis.krieger Sáb maio 28, 2016 11:37 am

Olá, guerreiros!
Vou falar aqui brevemente sobre minha história de aprovação na PRF. Foi uma história de superação que só deu certo em face de um grande planejamento.
Nunca pensei em ser PRF. Não tinha nenhum conhecimento sobre esta instituição. Minha única ligação com a instituição até então ocorreu na faculdade de Direito em que me formei. Lá eu tinha um colega que era PRF. Certo dia ele me deu a notícia de que em breve iria sair um novo concurso. Não dei muita atenção. Definitivamente a PRF não estava nas minhas opções de vida.
Passado algum tempo, saiu o edital. Quando isso ocorreu, em 2013, eu tinha acabado de sair da faculdade e estava trabalhando como assessor jurídico no Ministério Público Federal, em Porto Alegre. Eu já não aguentava mais tanta burocracia no MPF. Chegava para trabalhar de dia e saía de noite. Só via o sol pela janela do trabalho. Eu estava bastante infeliz.
Decidi fazer a prova da PRF. Queria liberdade para aproveitar a vida e isso eu sabia que iria conseguir sendo policial rodoviário federal. Queria buscar novos horizontes.
Depois dessa decisão, vieram os desafios. O concurso da PRF é um dos mais concorridos do Brasil. Cerca de 120 mil pessoas se inscreveram naquele ano. Em um concurso com esse grau de dificuldade, as pessoas começam a estudar pelo menos um ano antes, ou talvez dois. Eu tinha meros três meses para estudar e ser aprovado.
Como me preparar para esse grande desafio?
A parte jurídica eu decidi que estudaria alguns pontos apenas, já que tenho formação nessa área. O problema maior era Física, legislação de trânsito, informática e todo o resto “não-jurídico”, incluindo também Direitos Humanos, já que não tive essa matéria na faculdade.
Gastei 05 dias analisando as últimas provas do CESPE, estudando o edital e separando tópicos que eu julgava mais importantes, e coletando material de estudo. Eu sabia que não iria conseguir me preparar com todo o conteúdo, então precisava fazer algumas apostas. Analisei também uma possível nota segura, que me garantiria dentro das vagas. Estipulei que 70 pontos líquidos era uma margem segura para ir para a próxima fase.
Li algumas matérias sobre a PRF e vi que, em face da mudança de cargo para nível superior e do projeto de valorização da PRF, incluindo a defesa do ciclo completo de polícia, o policial rodoviário federal estava mudando de perfil.
Baseado nisso, pensei o seguinte: se a PRF defende o ciclo completo de polícia, é porque busca, um dia, aproximar suas funções daquela desempenhada por um investigador (Delegado); logo, vão cobrar mais direito na prova e menos trânsito. A própria retirada das resoluções do CONTRAN do edital já era um indício disto. Por esse motivo, apostei que iria cair pouco trânsito e, por consequência, dediquei muito pouco tempo de estudo para essa área. Minha preparação se resumiu a ler alguns pontos que julguei importantes do CTB duas vezes ou três vezes.
Outra aposta minha foi em relação a Direitos Humanos. Sabendo que a PRF havia ganhado um prêmio da Secretaria de Direitos Humanos, imaginei que esse tema teria alguma importância na prova e que as questões não seriam fáceis. O que fiz? Montei uma apostila elaborada por mim mesmo e a reli duas vezes.
E com física, o que fazer? Com o tempo que eu tinha disponível, certamente não seria possível me aprofundar na matéria. Então decidi simplesmente não estudar. Caso caísse alguma questão que eu de pronto soubesse (lembranças da época do vestibular), resolveria; do contrário deixaria em branco. E Matemática? Idem.
Em relação à informática, minha aposta foi resolver exercícios. Além disso, assisti alguns poucos vídeos e li uns resumos.
Para legislação, a minha ideia foi ler algumas das leis, assistir vídeos do youtube selecionados e, também, resolver questões.
Para português, como já tenho uma base boa, apenas resolvi exercícios. Estudar gramática, a essa altura do campeonato, não me adiantaria de nada.
Resultado? Acertei todas as minhas previsões. De fato, não caiu quase nada de trânsito (apenas 3 questões, senão me engano). Por outro lado, vieram muitas questões de Direito, como eu havia calculado. Em relação a Direitos Humanos, senão me falha a memória, vieram 10 questões e todas elas estavam dentro da minha apostila, o que fez eu gabaritar essa matéria. Matemática marquei apenas as que tinha certeza.
Quando eu cheguei ao final da prova, havia marcado umas 87 questões apenas, de um total de 120. Dessas 87, eu tinha certeza de todas.
Embora eu tivesse quase certeza da maioria, eu sabia que em torno de 8% disso estaria errado. Quando saiu o gabarito oficial, minha pontuação foi de 73 pontos líquido e na redação, de 20 pontos, atingi 18.86. Esse desempenho me garantiu ficar dentro das vagas. Agora era só comemorar e me preparar para as próximas fases dos concursos.

****
Luís Krieger é PRF e colaborador do site quebrando as bancas

luis.krieger

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Data de inscrição : 28/05/2016

http://quebrandoasbancas.com.br/prf/

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